sábado, 5 de março de 2011

ERA APENAS UM SONHO

 
ERA APENAS UM SONHO.
Estava eu voltando de viagem, quando de repente meus olhos vêem uma situação que me chamou a atenção, era curioso. Eu nunca tinha visto uma situação daquela, até hoje não me lembro bem o que era só sei que depois daquilo passei a pensar coisas fictícias. A viagem inteira me segurei para não contar para os meus pais, pois sabia eu que se contasse, eles não acreditariam em mim. Dalí em diante passei bastante tempo pensando como seria o mundo há muitos anos atrás, e principalmente como vai ser daqui a dois séculos ou mais.
Quando cheguei em casa, os pensamentos eram os mesmos. Estava eu bastante cansado, pois a viagem foi longa. Dei a benção aos meus pais:
- Benção pai! Benção mãe!
E eles me responderam:
- Deus ti abençoe filho!
Fui dormir pensando naquilo. Lembro-me que tive um sonho esquisito, mas bastante legal.
Quando me reparei estava eu na casa de um amigo meu, ele era bastante Nerd, vivia fazendo invenções. E uma de suas invenções me interessou:
- Juan, o que é isso? Falei surpreso.
- É uma nova invenção! Ainda não está acabada. Preciso fazer alguns ajustes e testar.
- Mas pra que ela serve?
- É uma espécie de máquina do tempo. Com ela posso viajar e conhecer o passado e um pouco do  futuro.
- Sério?
- Sério Kléber! Respondeu ele.
Fiquei mais surpreso ainda.  E a vontade foi de viajar no tempo. Perguntei pra ele:
- Posso testar ela? Meu sonho é viajar no futuro. Ver como serão as coisas, que não poderei conhecer.
- Calma! Preciso fazer alguns ajustes. Quando estiver pronta, podemos testá-la e tu pode realizar esse teu desejo.
- Beleza! Espero o quanto for possível. Respondi todo ansioso.
Fiquei atento nos ajustes, até ajudei ele a realizar algumas funções. Pouco mais de vinte minutos estava pronta aquela máquina que poderia me fazer realizar e acabar com toda minha curiosidade.
- Kléber, está preparado? Perguntou ele meio tenso.
- Claro! Esperei muito tempo pra isso. Achei que nunca poderia ver o futuro, hoje descobri que posso.
Ele me deu umas roupas especiais e alguns instrumentos, talvez precisassem delas. Entramos na máquina, era um pouco apertado, mas minha vontade era maior que tudo. Ele pegou uma espécie de controle remoto, e apertou em alguns botões, mas antes ele me fez uma última pergunta:
- Você quer conhecer o planeta daqui a quantos anos?
E eu sem pensar muito:
- O máximo possível Juan!
- O máximo que essa máquina pode nos levar é duzentos anos Kleber. Prepara-se que já vamos nós.
Passei algum tempo desacordado, viajamos literalmente. Quando acordamos, damos de cara com um lugar bem diferente, era tão quente que por alguns segundos senti minha pele queimando. Foi então que entendi pra que serviriam aquelas roupas, colocamo-las. Todos naquele lugar usavam aquela espécie de vestimenta. Por dentro refrescava e protegia-nos dos raios ultravioletas. Dentre os instrumentos havia um óculos que protegiam nossa visão e nossos olhos, havia também umas botas que faziam com que ficássemos protegido do solo quente. Fiquei curioso com todo o preparo de Juan.
- Juan, como você sabia de tudo isso? Que precisaríamos de todos essas roupas e ferramentas?
- Ora bolas! Estudei bastante. As previsões me ajudaram para isso.
- Você é fera mesmo viu cara! Falei pra ele todo admirado.
Começamos a caminhar, e vimos coisas diferentes. Pessoas estranhas, algumas com apenas um braço normal, o outro era feito de um material parecido com o aço. Durante a caminhada se deparamos com um menino, estava ele brincando. A curiosidade nos obrigou a ir até o garoto para tirar algumas dúvidas. Chegamos e perguntamos:
- Hei! Que lugar é esse?
E ele respondeu numa boa:
- Araquém! Vocês não são daqui?
E Juan o respondeu:
- somos sim, só que há duzentos anos atrás.
E o menino curioso:
- Como assim há duzentos anos?
- É uma longa história. Respondi.
O menino parecia ser legal.
- Qual o nome de vocês? Perguntou ele.
- O meu é Kléber e o dele é Juan.
- Qual seu nome? Perguntou Juan.
- O meu é Rúfter.
Tornamos-nos amigos. Ele começou a perguntar sobre as nossas vidas e sobre o planeta do nosso tempo, a cada resposta nossa, ele ficava mais surpreso. Conversando com ele, Juan e eu vimos umas cenas curiosas. Muitas pessoas numa fila enorme. E perguntamos para o Rúfter:
- Pra que isso Rúfter?
- É que hoje é o dia de comprarmos o H2O.
- E por que essa fila enorme?
- Justamente pra conseguir Comprar!
E eu:
- Comprar?
E Juan com seu conhecimento, cochichou no meu ouvido:
- É Kléber! Tá vendo? Se não preservamos a água do planeta no nosso tempo, ela se tornará bastante difícil de ser encontrada, e o pouco que restar será cara pra comprar!
- Entendi tudo Juan!
Rúfter nos convidou a conhecer a casa dele, nós aceitamos. A casa é bem diferente da que temos hoje. É toda equipada, e feita com um material que resiste a temperatura ambiente, que chegava á 47°C. Entramos na casa, A TV era colocada na parede, como uma espécie de um Quadro, era bem fina. Ele nos mostrou uma espécie de palmtop, com aquele mini notebook ele comandava algumas funções da casa, como fechar as portas, ligar as lâmpadas e ligar a TV. Servia também como Computador e celular. Era completo.
No mesmo dia teria um jogo no Estádio local. Fiquei até feliz em saber que em Araquém terá sim um estádio. Rúfter era apaixonado por futebol, e fomos ver o jogo, era clássico. Quando me reparei com o carro do pai de Rúfter,na qual fomos ao estádio, achei esquisito, não tinha pneu, duas turbina deixava ele  à  uns 20cm do chão. Fomos ao estádio. Este era moderno e coberto como forma de proteção para os jogadores, só assim o sol não chegava intensamente até eles. Rúfter me contou que o estádio foi construído com a ajuda e contribuição de todos, que se uniram e decidiram. Quando ele me contava sobre a vida social, entendi que há duzentos anos a democracia ainda existirá, só que de forma diferente da nossa atual. Será uma democracia participativa, onde quem decidirá as leis e projetos são os próprios cidadãos, todos comandarão no estado.
Quando a partida de futebol acabou, já era quase de noite. Foi então que percebi que a noite era bela, as luzes deixavam a cidade mais linda ainda. Voltamos para a casa de Rúfter. O pai dele nos perguntou:
- Querem dormir lá em casa? Podem dormir no mesmo quarto que Rúfter.
- Claro! Respondemos todos empolgados.
Antes de dormir, ficamos conectados no palmtop de Rúfter. Conversamos sobre as novidades e tecnologias daquele tempo. Ele nos contou várias. Fiquei interessado pelo relógio comunicador, que era colocado no pulso, além de marcar as horas, eu poderia se comunicar vendo a pessoa com quem estou falando. Ficamos conversando sobre vários assuntos. Pouco tempo depois dormimos. Acordei com a voz da minha mãe:
- Filho acorda! Já são seis da manhã. Você tem que ir pra escola.
- Mãe? Onde eu tô? Perguntei assustado.
- Você está em casa filho! Vamos acorde!
- Então foi apenas um sonho? Perguntei triste.
- Não sei de que você está falando filho. Mas tenho certeza que foi.
- Não mãe. É que tive um sonho legal. Viajei no tempo, e fui parar no Araquém de 2203.
- Você tem cada sonho filho!
- É sério mãe.
Foi legal aquele sonho, Na escola contei para meus colegas, inclusive para o Juan. Ele até brincou comigo:
- Irado o teu sonho Kléber! Haha! Disse ele tipo que zombando comigo.
- É Juan, é meio esquisito, mas foi legal.
Os tempos de passaram e hoje ainda me lembro daquele sonho. Juan também jamais esqueceu, tanto é que só me chama de Rúfter. Crescemos e hoje fazemos parte de uma academia científica de tecnologia.   

(Antônio Francisco Menezes de Albuquerque, 2010 - GeraçãoEscritoraDeAraquém)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTÁRIOS...